Gasolina comum ou aditivada? Saiba a diferença e qual escolher

Gasolina comum ou aditivada? Saiba a diferença e qual escolher

Em tempos de alta nos preços dos combustíveis, talvez fique a impressão de que o título desse artigo não faça muito sentido. Afinal, a resposta mais imediatista diante dos valores hoje praticados pelos postos seja a gasolina comum. No entanto, a depender das especificações de cada modelo ou do contexto de uso do carro, uma escolha mais acurada sobre o tipo de combustível pode resultar num melhor aproveitamento da potência do motor e, ao mesmo tempo, reduzir o risco de eventuais problemas mecânicos.

Para ajudar você a entender melhor quais as especificidades de cada tipo de combustível e como escolher entre gasolina comum ou aditivada, a gente separou algumas perguntas e respostas. Acompanhe!

 

A gasolina comum é 100% pura?

Aqui no Brasil, a gasolina comum é misturada com etanol anidro, que é o etanol quase totalmente sem água. Essa mistura serve para regular a octanagem  do combustível. A octanagem faz referência à capacidade da gasolina ser comprimida nos bicos e câmaras internas do motor sem queimar – é, portanto, um indicador de resistência à pressão aliada à propriedade de entrar em combustão apenas na temperatura adequada prevista pelo fabricante.

De acordo com as especificações previstas nas normas da Agência Nacional do Petróleo (ANP), a gasolina comum no Brasil tem 27% de etanol anidro em sua composição. Com essa mistura, o combustível precisa alcançar octanagem mínima de 87.

 

E a gasolina aditivada? Como funciona?

Além do etanol (em proporção de 25% na mistura), a gasolina aditivada recebe outros compostos químicos que atuam como detergentes e dispersantes no sistema do motor – eles ajudam a manter a limpeza dos bicos injetores e válvulas de admissão. A octanagem a mesma: 87, no mínimo.

 

Existe mais algum tipo de gasolina automotiva?

Sim! Algumas redes de distribuidoras colocaram no mercado um terceiro tipo de combustível: a gasolina premium. Ela traz os benefícios da aditivada com algumas diferenças na sua composição, aumentando para 91, no mínimo, o seu nível de octanagem.

Isso significa um combustível mais resistente à vaporização no sistema e que, portanto, queima com mais qualidade em contato com as velas. Trata-se, em tese, de um tipo mais eficiente do ponto de vista energético.

 

Quando é mais aconselhável usar uma ou outra?

Além da questão da necessidade financeira, há outros fatores que regulam o uso mais apropriado de um ou outro tipo de gasolina.

Uma primeira dica é consultar o manual do proprietário do veículo. O fabricante indica qual gasolina usar ou o nível de octanagem esperado para aproveitar ao máximo o desempenho do motor.

Além disso, é importante considerar o perfil de uso do carro. Os analistas de desempenho apontam que modelos com alta performance vão entregar mais em termos de desempenho se estiverem com combustível aditivado. No entanto, para trechos urbanos, de baixa velocidade e com tráfego lento, esse resultado de potencia não exigido e, portanto, a gasolina comum pode ser uma solução.

Se o modelo do seu carro for flex, nada impede ainda e combinar etanol e gasolina na hora de abastecer – especialmente se o perfil for de viagens mais lentas.

Se você se habituou a usar apenas gasolina comum no seu carro e pretende começar a usar aditivada, as distribuidoras dão uma dica: o ideal é não encher o tanque de uma vez com gasolina aditivada – a sujeira acumulada no sistema de distribuição do combustível pode se desprender de uma vez e entupir dutos e válvulas, causando mau funcionamento do carro. O ideal é começar com 10% de aditivada e ir aumento esse percentual a cada novo abastecimento, até chegar aos 100% de aditivada.

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